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ELEITO DO BLOCO DE ESQUERDA DEFENDE OPOSIÇÃO CONSTRUTIVA EM STO. ANTÓNIO DA CHARNECA

Foto: Luísa B. Bruno

Texto na íntegra, da intervenção do Eleito Luís Nascimento, perante a Sessão de Instalação da Assembleia de Freguesia de Santo António da Charneca:

 

Exmas Senhoras e Senhores Convidados

Exmo Sr. Presidente da Camara Municipal do Barreiro

Exmos Membros da Assembleia de Freguesia e da Junta de Freguesia de Santo Antonio da Charneca

Aprende-se da Ciência Politica, que a politica é uma arte.

E no actual estado da arte, muitos e difíceis são os desafios que se colocam aos que, no pleno gozo dos seus direitos de cidadania- que, convém nunca esquecer, são também os de participação politica. Há uns meses  decidi suspender a minha actividade de 25 anos como jornalista, por força das contrariedades do mercado que colocou ,em menos de dois anos, mais de 600 camaradas meus (cerca de um terço dos jornalistas credenciados) no desemprego, destruindo muitos projectos, comprometendo sonhos e vidas.

Mas se me permitem esta abordagem pessoal, acrescento que o amor que nutro por esta profissão, e por muitas experiências internacionais vividas ao serviço da Rádio Publica, também senti  nesta altura da minha vida, 46 anos de idade, um apelo cívico e de cidadania plena, ao ter aceitado o convite da Comissão Concelhia do Bloco de Esquerda, Barreiro, para  encabeçar a Lista à  Assembleia de Freguesia de Santo António da Charneca, nas  Eleições Autárquicas de 29 de Setembro de 2013.

Não foi fácil encarar o desafio, mas faço-o apenas como cidadão, nunca tive nem tenho qualquer ambição política.

Esta experiência surge depois de ter estado muitos anos “do outro lado”, o do microfone e do bloco de notas.

Entrei nesta corrida, não por me sentir um “artesão “ da política, mas pelo respeito que me merecem os habitantes desta Freguesia de grande extensão territorial.  Uma freguesia muito heterogénea do ponto de vista demográfico, étnico e cultural, e uma das mais afectadas no Concelho do Barreiro, pela grave crise económica e financeira que nos foi imposta.

Não pretendo exercer qualquer cargo  numa atitude carreirista, mas antes dar o meu modesto contributo para a resolução de alguns dos problemas que afectam a população desta Freguesia, numa postura propositiva construtiva e contributiva.

Não evitarei nunca alertar para as graves consequências que esta politica neoliberal está a conduzir o País, a procurar diminuir a força do Poder Local, através da redução da transferência de verbas para as autarquias e de arranjos territoriais nas freguesias, sem auscultação, sem estudos cuidados, sem critérios lógicos, que não sejam os da redução dos gastos da Administração Pública a qualquer custo.

O Bloco esteve sempre contra esta reorganização administrativa autárquica . O Bloco é solidário com esta visão realista, de que é cada vez mais  escassa a margem de manobra, especialmente das Juntas de Freguesia.

Temos que ser realistas e, repito, construtivos e darmos as mãos, como eleitos, para um trabalho que tem por objectivo o bem-comum.

Independentemente das prioridades elencadas pelos diversos programas dos partidos e coligações que concorreram à autarquia.

Para o Bloco seria mais fácil ,na última campanha eleitoral, prometer mundos e fundos e medidas de alcance popular, de puro marketing politico. Não o fizemos!

Somos uma esquerda popular, socialista, mas também vanguardista e isso significa estarmos atentos às realidades sociais, aos novos desafios, aos novos tempos. Rejeitamos velhas fórmulas demagógicas e populistas de alcançar o Poder.

O que pretendo e pretendemos nesta Freguesia é sermos tao coerentes quanto possível com as nossas propostas. Apontar erros, se possível, novos caminhos, novas soluções, tendo como foco das nossas preocupações, o apoio às camadas mais desfavorecidas da população. Sermos uma voz que defenda INEXORAVELMENTE os direitos das pessoas. Somos o órgão de representação do Estado mais próximo das populações e temos essa obrigação. Por definição.

Temos muito que trabalhar, dentro dos escassos recursos disponíveis.

O Bloco quer mais dialogo, mais informação sobre os actos de gestão, mais debate democrático com todas as forças vivas da freguesia. Com os agentes sociais, culturais, desportivos. Com todos!

Queremos criar um Conselho Consultivo de Cidadania, que funcione como órgão de consulta, com poder não-vinculativo.

Tenho para mim, uma muito própria  concepção do Poder Local, e defendo  novas formas  de encarar a vida autárquica.

Em defesa do Poder Local Democrático.

Contem comigo, contarei convosco, com toda a disponibilidade para ouvir, analisar, propor, ajudar!

 

 

 

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